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As 5 melhores práticas para o cultivo do cafeeiro

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O cultivo do café no Brasil começou no século XVIII e desde lá a produção evoluiu muito. Atualmente, as práticas de cultivo fazem com que o café atinja produtividades recordes.

cafeeiro
Foto: Vandelino Dias em Pixabay

A estimativa de produção para a safra 2020, que tem bienalidade positiva, deve alcançar entre 57,2 milhões e 62,02 milhões de sacas beneficiadas. Essa produção pode ser até 26% maior que a safra anterior.

Entre algumas práticas utilizadas na cultura do cafeeiro, podemos citar a utilização de mudas enxertadas, o adensamento ou menor espaço entre as plantas e o emprego de variedades mais precoces. Além dessas práticas, os técnicos da Amazon AgroSciences elencaram as 5 principais práticas que todo cafezal saudável e produtivo precisa ter.


1. Análises de solo e folha do cafeeiro

O estado nutricional das plantas nos dá um panorama geral do cultivo e mais do que isso, nos mostra como agir para que as necessidades sejam supridas. O solo deve propiciar um ambiente favorável ao pleno desenvolvimento do cafeeiro.

Análise do solo

A análise química do solo é uma forma rápida e barata para se avaliar como está a fertilidade do cafezal. É importante nessa análise que a amostragem seja realizada de forma correta, e que consiga contemplar a realidade do solo da lavoura. Uma amostragem mal feita pode gerar prejuízos econômicos e ambientais.

Na hora da amostragem, é importante que seja feita a divisão da área em talhões ou glebas. Essas divisões precisam ser o mais uniforme possível, ou seja, homogêneos. A coleta de solo para amostragem deve ser feita entre os meses de julho e agosto.

Cada gleba deve apresentar a mesma posição topográfica (topo de morro, meia encosta, baixada, etc.), as mesmas características perceptíveis do solo (cor, textura, condição de drenagem, etc.) e o mesmo histórico de cultivo (cultura atual e anterior, uso de corretivos e fertilizantes, etc.).

É importante também que sejam colhidas amostras de área com plantas de mesma idade e cultivar e o mesmo sistema de manejo ou de produção. 

As amostras para análise precisam ser coletadas todo ano para as profundidades de 0-20 cm e de cada dois a quatro anos para as profundidades de 20-40 cm. O solo pode ser retirado tanto na faixa de adubação do cafeeiro ou projeção da copa como nas entrelinhas ou meio das ruas do cafezal espalhado por todo o talhão.

Depois, é preciso juntar todas as amostras e retirar 300 gramas da mistura e levar até o laboratório para que as análises sejam feitas.

Análise foliar

A análise foliar é utilizada para conferir o se a nutrição do cafezal está em equilíbrio. A recomendação é que seja feita a coleta de folhas, por talhões, assim como as amostras de solo.

A coleta de folhas deve ser feita trinta dias após a adubação no solo ou adubação foliar. O ideal é ser realizada uma análise por talhão, pelo menos uma vez ao ano. 

Se a adubação da lavoura é feita em uma única aplicação, a análise deverá ser realizada em fevereiro, para que haja tempo de fazer os ajustes na recomendação, se necessário. Quando a adubação é dividida em mais de uma aplicação, as coletas de folhas devem ser feitas entre os meses de julho e agosto.

A análise de folha permitirá fazer os ajustes necessários, e caso seja constatado alguma deficiência nutricional na lavoura, evitar perda na produção.

2. Fertirrigação no cultivo do cafeeiro

O uso da fertirrigação traz uma grande vantagem, que é a possibilidade do parcelamento dos nutrientes seguindo a demanda do desenvolvimento da cultura. Esse manejo pode possibilitar até 30% maior eficiência no uso dos fertilizantes. Com a fertirrigação os riscos de perda por lixiviação também são menores.

Como forma de otimizar a adubação, na fertirrigação é possível chegar em até 70 aplicações por safra. Isso acontece porque a adubação pode ser parcelada em duas ou três vezes por semana, principalmente entre os meses de setembro e abril.

Na fase do pré-florescimento é quando os nutrientes são mais absorvidos pelo cafeeiro, principalmente fósforo (P), potássio (K), magnésio (Mg) e enxofre (S). Já o nitrogênio não altera sua absorção, se mantendo alta durante todo o ciclo. Na maturação dos frutos a planta fica mais exigente em cálcio (Ca) e o K também é mais necessário na maturação dos frutos.

Por isso, é recomendado o uso do fertilizante organomineral BLEND 255 na fertirrigação do cafezal. BLEND 255 é um fertilizante organomineral fluido com nitrogênio, cálcio e Magnésio — que tem função estrutural e de estabilização da conformação de proteínas e enzimas.

Fertilizantes Organominerais Classe A: investimento para um cultivo mais produtivo

Além disso, o BLEND 255 também pode ser utilizado para aplicação via foliar, possui em sua formulação o carbono orgânico, que oferece energia para as plantas, absorção eficaz dos nutrientes e uma resposta rápida após a aplicação. Seus elementos são balanceados e os micronutrientes são quelatados com EDTA, aumentando a absorção desses elementos pelas plantas.

3. Northofos na adubação fosfatada do cafeeiro

A adubação fosfatada é um manejo que precisa ser levado com detalhes. Como os solos brasileiros são bastante intemperizados e com altos teores de óxidos de ferro e alumínio, a disponibilidade de fósforo para a planta pode ser menor.

Isso ocorre porque quando a adubação fosfatada é realizada, o tipo de fósforo mais utilizado (com uma estrutura de cadeias mais curtas) fica fixado no solo. O solo drena grande parte do nutriente e a planta não consegue absorver e usar nos seu metabolismo.

A deficiência de fósforo aparece inicialmente em folhas velhas, por causa da mobilidade do nutriente. As folhas verdes ficam sem brilho, podem amarelecer e apresentar grandes manchas pardas ou violáceas na ponta e no meio.

Para suprir essa necessidade de fósforo os especialistas da Amazon AgroSciences recomendam a utilização do Northofos 6-24. É um produto que tem como fonte única, o polifosfato de amônio, com 24% desse nutriente em sua composição. É uma molécula de cadeias mais longas e fica totalmente disponível para o cafeeiro.

Requer menores doses, quando comparamos com fertilizantes convencionais. É ideal quando a planta precisa de altos níveis de fósforo para crescimento e desenvolvimento das raízes, sendo entregue para a planta de maneira controlada.

Na fertirrigação, deve ser aplicado periodicamente de acordo as necessidades da cultura. Esta é uma fórmula que estimula a produção e fortalecimento das raízes e poderá ser aplicada ao longo do ciclo de acordo com as necessidades da cultura.

4. Controle fitossanitário – pragas de doenças do cafeeiro

O bom cultivo do cafeeiro também precisa ter uma atenção especial para o controle de pragas e doenças. A cultura do café é afetada por diversas pragas e doenças, que causam perdas da produtividade e trazem grande prejuízos.

Vamos as principais pragas e doenças do cafeeiro, para que o seu controle seja feito de forma eficiente e não afetem a produção.

Principais pragas do cafeeiro

  • Bicho mineiro (Leucoptera coffeella): ataca exclusivamente o cafeeiro, se alimenta da folha, causando minas (galerias). Praga-chave da cultura, diminui a produção devido a redução da área foliar e da desfolha. As lesões típicas são escurecidas, iniciam na parte de cima das folhas, mas podem atravessar e atingir a face interna da folha.

    Bicho Mineiro
    Foto: Ricardo Fujihara
  • Broca do café (Hypothenemus hampei): são mariposas que botam ovos nos frutos de café. Elas atacam frutos desde chumbinhos, até frutos secos. Depois que os ovos eclodem as larvas se alimentam da parte interno dos cafés, fazendo com que os frutos se tornem inviáveis. Essa praga causa perda na qualidade da bebida e perda do peso dos frutos.
Broda do café
Foto: Ricardo Fujihara
  • Cochonilha das raízes (Dysmicoccus texensis): uma das pragas-chave da cultura. Sua ocorrência é maior em solos arenosos e os sintomas aparecem nos períodos secos do ano, geralmente, em reboleiras. O inseto pode causar comprometimento da absorção de água e nutrientes, causando o amarelecimento, desfolhamento e definhamento das plantas.

Principais doenças do cafeeiro

  • Ferrugem (Hemileia vastatrix): o fungo causa uma massa de esporos de cor amarela ou laranja, de aspecto pulverulento na face inferior da folha, correspondendo à uma mancha clorótica na face superior. Esses sintomas causam a diminuição da fotossíntese das plantas, pois sua área foliar fica comprometida e a folha atacada pode cair. Além disso, o fungo pode causar danos em mais de uma safra, se não for bem controlado.
Ferrugem
Foto: Juliano Uebel
  • Cercosporiose (Cercospora coffeicola): os sintomas podem ocorrer em folhas e frutos. As lesões da folha são pequenas de cor marrom a pardo, com o centro cinza, parecendo um olho. Nos frutos, as lesões são vistas próxima à maturação. São deprimidas, de coloração marrom ou arroxeadas, e escurecem quando mais velhas. Essas lesões impdem o descascamento dos frutos e também causam a sua queda.
  • Traqueomicose (Fusarium spp.): a doença é causada pelo fungo de solo Fusarium spp., que ataca as raízes e o tronco do cafeeiro, colonizando os vasos da planta. 

O fungo se espalhar por toda a planta, entupindo os vasos e fazendo com que a planta não receba água e nutrientes. Em alta infestação pode até causar a morte de galhos e também da planta. A traqueomicose pode ser disseminada pelo cafezal no momento da poda, quando não é feita a desinfestação dos materiais usados no manejo.

5. Poda anual

A poda do cafeeiro é uma prática essencial na lavoura do café. Atualmente, com o maior adensamento das plantas as podas se tornam práticas necessárias para as altas produtividades. Existem vários tipos de podas que podem ser feitos. Podas leves – desponte e decote – e podas drásticas, como a recepa e o esqueletamento.

Comas podas, pode-se renovar os ramos produtivos e modificar a arquitetura da planta. Também manter uma relação de 20 cm² de área foliar/ fruto de café – a adequada relação folha/fruto. Também servem para limpar as plantas de ramos doentes e secos.

As podas também permitem a entrada de luz, a aeração das plantas e podem reduzir o microclima propício para o ataque de algumas doenças e pragas. Outra vantagem da poda, é a regulação da produção do ciclo bienal.

A época mais indicada para as podas é logo após a colheita, entre os meses de julho e agosto. É importante que, em regiões de geada, as podas devem ser feitas logo após a época desse fenômeno.

Seguindo essas recomendações, a lavoura de café vai ser bem nutrida, livre de doenças e com produtividades altas. Para saber mais sobre outras práticas e produtos da Amazon AgroSciences, consulte o nosso portifólio.

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