Já estamos a todo vapor na safra da cana-de-açúcar. E segundo a UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a safra da região Centro-Sul pode terminar antes do esperado, devido a estiagem que está presente nas regiões produtoras.
A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas usinas do Centro-Sul cresceu 5,6% em relação ao ciclo 2019/20, totalizando 501,30 milhões de toneladas até o final de setembro. O estado de São Paulo lidera o aumento (8,2%), seguido por Minas Gerais (8%). A moagem acumulada chega a 538,13 milhões de toneladas, um crescimento de 5,06% em relação a safra 2019/20.
Além disso, o rendimento médio da lavoura apresentou aumento de 1,1% na comparação com 2019, atingindo 72,2 toneladas por hectare. No acumulado da safra 2020/2021, a produtividade agrícola na região Centro-Sul atingiu 82,6 toneladas por hectare – aumento de 3,3% em relação ao ciclo anterior.
Para altas produtividades, boa nutrição
Claro, que para atingir toda essa produção, as plantas de cana-de-açúcar precisam estar bem nutridas e com uma boa fertilidade do solo disponível, porque o açúcar (sacarose) e o álcool etílico são produzidos lá no campo. As usinas e destilarias apenas extraem e transformam a matéria-prima.
A cana, como tem baixa disponibilidade de água,a concentração do açúcar é maior, e para a usina é possível transformar uma quantidade maior de açúcar a um custo menor, devido a menor quantidade de água presente na planta.
Geralmente, a cana planta é mais exigente que a cana soca. Em compensação, a cana planta consegue se beneficiar do nitrogênio (N) mineralizado no solo, fazendo com que a demanda de fertilizante nitrogenado seja maior para cana soca do que para cana planta.
A cana-de-açúcar de primeiro corte é chamada de “cana planta”, a de segundo corte “cana soca” e de terceiro corte em diante “ressoca”.
E além do tipo de cana (planta ou soca), as variedades também apresentam diferentes exigências nutricionais. Nos últimos anos, mais de 30 novos genótipos de cana-de-açúcar foram lançados pelos programas de melhoramento.
O manejo e diversificação das variedades de cana-de-açúcar também é etapa fundamental no planejamento da implantação do canavial. A recomendação é que uma mesma variedade esteja apenas entre 10 e 20% da área. É necessário também levar em conta as características físico-químicas do solo e as condições climáticas do local.
E falando em solo, a correção do solo com a calagem e a gessagem precisa ser feita. Nessa fase pós corte, o sistema radicular da planta precisa se desenvolver para que haja maior absorção de nutrientes e para que a planta não sofra com o déficit hídrico. Outra ajuda que melhora na disponibilidade de nutrientes e na compactação do solo é a rotação de culturas.
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Exigência da cana-de-açúcar aos macronutrientes
A exigência de nutrientes pela cana varia de acordo com o potencial produtivo esperado. A necessidade de potássio (K), é grande pela cultura, em torno de 175 kg de potássio por 100 t de cana-de-açúcar no ano de plantio, e diminuindo para 135 kg de potássio por 100 t de cana nas soqueiras.
O K fica nos colmos, e seu pico de absorção acontece na fase de máximo crescimento. O cálcio (Ca) é extraído no início do desenvolvimento das plantas. Ele atua na formação das raízes e na estruturação das células.
O magnésio (Mg) e o enxofre (S) são extraídos durante toda o ciclo da cultura. Entretanto, o seu pico de absorção ocorre no terço final do ciclo. Eles são necessários para garantir um bom desenvolvimento das plantas e alta produtividade de colmos.
Nitrogênio na cana-de-açúcar
Em relação aos macronutrientes, o N é necessário em grandes quantidades: cana-de-açúcar pode exigir de 2,1 a 2,4 kg de N por tonelada de colmos produzidos. Em deficiência de N, a cana-de-açúcar apresenta clorose das folhas mais velhas e diminui a atividade meristemática da parte aérea, resultando em menores perfilhamento, área foliar e longevidade das folhas.
O nitrogênio ajuda a aumentar a produção de matéria seca e a produtividade. É um macronutriente muito requerido durante o ciclo de produção da cana-de-açúcar, no estabelecimento inicial da cultura, na formação de sistema radicular, e essencial na maior durabilidade e manutenção da soqueira e produção dos colmos.
No entanto, é preciso uma atenção especial na adubação de N na cana-de-açúcar. Segundo a Embrapa, são três as principais causas para a baixa eficiência de uso de N no canavial:
● Falta de sincronia entre a demanda de N pela cultura e o seu fornecimento;
● Aplicações uniformes de N sem considerar a variabilidade espacial existente dentro de cada talhão e o potencial de resposta da cultura;
● A forma como a recomendação de N é feita.
Por isso, a consulta de um técnico especializado e o conhecimento da sua lavoura, desde os planejamento é essencial para maximizar os resultados.
Fósforo na cana-de-açúcar
O fósforo (P), que é bastante exigido no início do desenvolvimento da planta, exerce função-chave no metabolismo da cana-de-açúcar, principalmente na formação de proteínas, processo de divisão celular, fotossíntese, armazenamento de energia, desdobramento de açúcares, respiração e fornecimento de energia a partir do ATP e formação de sacarose.
Além disso, auxilia no crescimento das raízes e no perfilhamento. A baixa disponibilidade P no solo afeta de forma negativa o perfilhamento, desenvolvimento das folhas, comprimento e diâmetro dos entrenós da cana-de-açúcar, e provoca reduções de crescimento das plantas.
O fósforo também pode aumentar a eficiência da utilização de água pela planta, e sua absorção e a utilização de outros nutrientes ajudando para aumentar a resistência da planta a algumas doenças, a suportar baixas temperaturas e a falta de umidade.
O manejo mais utilizado é na aplicação do fósforo para a cana-planta no plantio ou logo após o plantio, no entanto, as pesquisas vêm demonstrando que fósforo também é importante antes da rebrota.
Exigência da cana-de-açúcar aos micronutrientes
Em relação aos micronutrientes, a cultura da cana-de-açúcar tem maior extração de ferro (Fe) e o manganês (Mn). Eles atuam na redução de estresses, melhoram a fotossíntese e a produtividade. O boro (B) e o molibdênio (Mo) atuam na produção de novos tecidos vegetais.
A recomendação é que se aplique no início da rebrota, para garantir um bom enraizamento e perfilhamento. O Mo também pode atuar na eficiência de absorção de N pela cultura.
NORTHOFOS: fonte de nitrogênio e fósforo para o seu canavial
O NORTHOFOS é um fertilizante para uso múltiplo, pode ser usado via solo, fertirrigação e em aplicações foliares, pois é rapidamente absorvido pelos tecidos. Altamente concentrado em fósforo, também contém nitrogênio em sua composição.
NORTHOFOS tem como fonte única o polifosfato de amônio, que entrega o fósforo para a planta de maneira controlada. Por isso, o nutriente é totalmente disponível para a planta, requerendo menores doses quando comparado aos fertilizantes convencionais.
Seu uso é ideal para quando a planta precisa altos níveis de fósforo, principalmente no crescimento e desenvolvimento das raízes. E com sua formulação de alta tecnologia, permite que seja o fósforo seja disponibilizado em todas as classes de solos.
Além disso, os técnicos da Amazon AgroSciences recomendam o uso conjunto de NORTHOFOS com o FUEL BLACK POWER, um desintoxicante natural para plantas com problemas de fitotoxidez ocasionada por excessos de defensivos químicos.
Entenda como a alta salinidade do solo prejudica sua produtividade
FUEL BLACK POWER estimula o enraizamento em plantas novas e principalmente tem efeito energético para cana-soca e de rebrota. Além disso, ajuda a fornecer nitrogênio, fósforo e potássio para o canavial, sendo fonte de cálcio, magnésio e ferro. Um produto muito bem formulado.
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