A Reforma do canavial já é uma prática rotineira para muitos produtores. O plantio de um canavial novo traz maior produção e com isso garante mais rentabilidade.
A reforma do canavial deve ser vista como uma oportunidade de potencializar a produção de matéria-prima, adaptando e regulando a demanda quantitativa e qualitativa da indústria e reduzindo indiretamente o custo de produção.
Reformar para não perder produção
Dependendo das variedades, clima e manejo do solo e água, a cana-de-açúcar permite de três até seis colheitas consecutivas. No final do seu ciclo produtivo, é preciso escolher como manejar a reforma do canavial. Atualmente, o uso de mudas pré-brotadas (MPB) tem sido a estratégia mais usada na implantação de novas variedades.
Isso tudo porque um canavial envelhecido traz menor produtividade e consequentemente diminui a rentabilidade, podendo até causar prejuízos, considerando o alto custo de produção.
As pesquisas mostram que, a cada rebrota da soqueira, o potencial produtivo pode reduzir em até 8,5 toneladas de cana por hectare (TCH). Assim, quando a lavoura chega no quinto corte, a produtividade é tão baixa que não cobre nem os custos de produção.
Existem algumas alternativas para reformar o canavial. É possível escolher plantar outra cultura em rotação, como adubos verdes ou alguma leguminosa, que ajuda nas condições físico-químicas do solo.
Alguns produtores de cana estão utilizando o plantio intercalar da soja, a chamada meiosi. Essa prática nada mais é do que plantar uma linha de cana a cada intervalo médio de 16 metros de soja.
Depois que a soja é colhida, são abertos sulcos com cerca de 40 centímetros de profundidade, onde são enterradas mudas da cana colhida. O resultado é um canavial mais produtivo. A meiosi não é considerada uma prática nova, mas foi intensificada nos canaviais de São Paulo a partir de 2015.
Cultivares de soja de ciclo curto (variando entre 110 e 120 dias), se adaptam bem na cultura da cana. O plantio evita que a área fique nua, impedindo erosões e melhorando a fertilidade do solo, com a fixação biológica do nitrogênio no solo.
Além disso, o plantio do novo canavial pode ser feito em cana sobre cana, dependendo do objetivo da produção e do mercado. Essa decisão tem que ser tomada com base em um planejamento agrícola bem feito, levando em consideração os custos de produção de cada safra e os preços atuais da produção.
Quanto maior a remuneração da terra, mais cedo será alcançado o momento econômico de reforma. Porém, quando a produtividade é inferior a 60% da diferença do primeiro corte, deixa-se de maximizar o potencial de produção do solo.
Na hora de reformar o canavial, é preciso levar em consideração cinco fatores que vão auxiliar nas tomadas de decisão:
1. Escolha correta da variedade
2. Análise da situação atual do solo
3. Manejo correto da adubação de plantio
4. Escolha correta do ambiente de produção
5. Controle de plantas daninhas
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Hoje, existem várias opções de variedades de cana-de-açúcar. É preciso saber relacionar a variedade escolhida com o clima da região e o ambiente de produção da sua propriedade.
O solo bem cuidado é essencial para a reforma do canavial
A análise do solo também é importante para a reforma do canavial. As informações sobre a fertilidade do solo, saber se é preciso corrigir a acidez do solo e a necessidade de gessagem são essenciais para uma reforma de qualidade e que garantem um o potencial produtivo da variedade.
Outro fator importante a se considerar durante a reforma do canavial é o controle de plantas daninhas. Plantar cana em uma área infestada de plantas daninhas só irá trazer maiores gastos e aumento da mão de obra no manejo. Manejar de forma correta e eficiente, utilizando herbicidas no momento correto, tem que se tornar prática recorrente durante todas as safras.
Para a cultura da cana, a gessagem tem papel importante devido ao seu sistema radicular profundo, proporcionando melhores condições ao canavial. A gessagem é feita para a melhoria da camada subsuperficial do solo e o sistema radicular das plantas.
Tudo o que você precisa saber sobre calagem e gessagem
Como a cultura da cana-de-açúcar costuma ficar de cinco a seis anos no solo, é muito importante ser feita uma boa correção do solo e adubação de plantio. É claro que adubações durante o ciclo de cultivo também são essenciais para a boa produtividade, pois, com as safras sucessivas a quantidade de nutrientes do solo diminui.
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Por isso, no momento do plantio, os técnicos da Amazon AgroSciences recomendam o uso de dois produtos presentes em seu portfólio, o NORTHOFOS em ação conjunta com o FUEL BLACK POWER.
O NORTHOFOS é ideal para quando a planta precisa altos níveis de fósforo, principalmente no crescimento e desenvolvimento das raízes, logo no início do plantio, e sua formulação de alta tecnologia permite que o fósforo seja disponibilizado em todas as classes de solos.Na mesma direção, o uso de FUEL BLACK POWER junto ao plantio, direto no sulco, estimula o enraizamento em plantas novas e, principalmente, tem efeito energético para cana. Também é importante na fixação biológica do nitrogênio no solo, devido ao seu efeito na relação Carbono/Nitrogênio (C/N) muito boa para os microrganismos do solo.