Com a alta demanda de maiores produções, mantendo a qualidade dos frutos e manejando as culturas, surge assim a necessidade de novas tecnologias, amigáveis ao ambiente, que respeitem também a natureza e à vida, tudo isso consequentemente gerando ganhos ao produtor. Por isso, produtos sustentáveis desenvolvidos a partir de pesquisa realizadas pelos pesquisadores do Centro de Citricultura do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estão disponíveis para a agricultura brasileira. Seus benefícios se mostram altamente significativos no manejo das culturas de citrus e de cereais.
A pesquisa iniciada em 2008 e desenvolvida pela agrociência brasileira resultou numa fórmula para o manejo do greening, que há muito prejudica severamente a citricultura no Brasil e no mundo. Esta pesquisa realizada no Centro de Citricultura, sob a liderança da pesquisadora Alessandra Alves de Souza, resultou na utilização do conhecido princípio ativo, que se mostrou eficaz: o N-acetilcisteína – (NAC) – um eficiente antioxidante, inclusive utilizado como suplemento alimentar por humanos. O NAC é uma molécula cujo efeito antioxidante é devido à sua capacidade de atuar como um precursor da glutationa reduzida (GSH). O GSH é um antioxidante direto bem conhecido e substrato de várias enzimas antioxidantes e atua diretamente nas EROs (molécula sinalizadora em plantas sob condições de estresses bióticos e abióticos).
Foi também nos laboratórios do Centro de Citricultura, que a bióloga e pesquisadora Dra. Simone Cristina Picchi, criadora da startup CiaCamp, encontrou respaldo técnico e um espaço compartilhado ao Instituto, para crescer e desenvolver a pesquisa, que, após aprofundamento científico nas necessidades do produtor e da cultura, resultou em um produto inédito, comercializado sob a forma de um fertilizante.
A CiaCamp nasceu com o propósito de levar avanços tecnológicos da ciência brasileira ao campo, sempre focados em inovar no manejo de doenças na agricultura, que são responsáveis por enormes prejuízos para o setor e no aumento da insegurança alimentar em diversas regiões. Desde a sua fundação em 2016, a CiaCamp tem contado com o apoio da FAPESP que visa promover os avanços das pesquisas. Os estudos de viabilidade do uso da molécula N-acetilcisteína iniciaram como uma alternativa sustentável e economicamente viável para o manejo de doenças bacterianas de citros.
O sucesso do NAC ensejou que a CiaCamp viesse, por meio de licenciamento exclusivo, a deter direitos de introdução da tecnologia NAC, patenteada pelo IAC na agricultura.
Mas como tornar uma pesquisa em um produto comercial e assim levar essa tecnologia aos produtores? A CiaCamp fez uma parceria com a empresa Amazon AgroSciences, a qual é fabricante de fertilizantes especiais e tem expertise em proporcionar soluções ao agricultor assim como na produção de insumos agrícolas sustentáveis com excelência e alta resposta agronômica. A partir dessa parceria, nasceu um fertilizante único e exclusivo: o GRANBLACK, o qual contém molécula do NAC. Este produto já está disponível no mercado desde 2019. E desde então a Amazon AgroSciences tem levado orgulhosamente a pesquisa brasileira a todo lugar.
Há 4 anos estamos realizando testes de GRANBLACK em campo. Essas áreas foram ampliados ano a ano e a comprovação da sua eficácia e viabilidade evidenciadas por anos consecutivos, mostrando que a cada ano aumenta o ganho do produtor podendo chegar em média de 0,3 a 0,8 caixas por planta ao longo de duas a três safras (considerando o peso de caixa de laranja como de 40,8 quilos) em plantas que não estão severamente comprometidas pela doença.
Como funciona
O GRANBLACK é levado para dentro da planta, exercendo à função de “desentupidor” da planta. Ele quebra o excesso de calose e libera a circulação da seiva para que a planta possa voltar a absorver nutrientes, permitindo que ela desbloqueie os vasos (floema da planta) e, pouco a pouco retorne o seu ciclo sadio de desenvolvimento. É indicado para o manejo do greening, por apresentar ação antioxidante e potencializar a defesa da planta, consequentemente reduz os danos causados pela doença, mostrando que o produto reduz a queda de frutos, aumenta a produtividade, melhora a qualidade e saudabilidade dos frutos, melhora o teor de clorofila das plantas, produzindo assim mais energia. O fertilizante pode evitar outros estresses, como calor, radiação ultravioleta e hídrico, devido a sua ação antioxidante.
Esta é uma nova tecnologia no mundo pelo fato de ser uma forma sustentável de manejar a cultura. Pela ação antioxidante, o produto reequilibra a planta e consequentemente potencializa o sistema de defesa da planta, então ele dá a planta condições de combater a doença. Isso é uma estratégia diferenciada e consciente de combater doenças porque reduz os danos sem causar agressões. Esse é o nosso propósito: prevenir e tratar de forma consciente e assim conservar! E o mais importante: Quem sai ganhando é o produtor!
Por ser sustentável, o produto evita a geração de resíduos e seus impactos ambientais.
Não se trata de um remédio, mas sim, um suplemento para as plantas que não prejudica o solo, as folhas e os frutos. O NAC na agricultura é uma solução inovadora que já está beneficiando radicalmente o setor da citricultura nacional e mundial”- diz Simone Picchi, CEO da CiaCamp.
Os números do Greening no Brasil
O combate à forte presença de doenças na citricultura nacional é fundamental para o produtor, para a indústria e para a economia do País. No Brasil, o greening afeta 24% dos quase 200 milhões de pés de laranja e outros citros cultivados nas principais regiões produtoras – São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, principal região produtora de laranja do mundo, o que equivale a mais de 46 milhões de árvores doentes dentre um total de 194 milhões de plantas. (https://www.revistadafruta.com.br/noticias-do-pomar/citricultura-brasileira-e-o-greening-um-desafio-para-a-ciencia-agronomica-,421562.jhtml)
O Brasil é reconhecido como o principal produtor global de suco de laranja, desempenhando um papel significativo no atendimento à demanda mundial; de cada 5 copos de suco de laranja bebidos no mundo 4 são de origem brasileira.
Na safra de 2021/2022, as exportações brasileiras de suco de laranja alcançaram um patamar expressivo. Ao todo, foram comercializadas cerca de 1,1 milhões de toneladas desse produto, resultando em um valor total que ultrapassou a marca dos 1,2 bilhões de dólares. O crescimento do consumo de suco de laranja no mundo deverá ser mais significativo ainda,neste e nos próximos anos, por ser considerado um produto que exerce função imunizadora contra doenças como a COVID-19.
Partindo dos bons resultados obtidos com o uso de GRANBLACK no manejo do greening, a parceria entre CiaCamp e Amazon AgroSciences foi fortalecida e decidiu-se criar novos produtos que solucionassem as principais necessidades dos produtores.
No ano de 2021 foi lançado mais um produto contendo a tecnologia NAC, o ÍKONE, indicado para o manejo do Cancro Cítrico.
E também, foi desenvolvido um terceiro produto, voltado para produtores de grãos (soja, trigo, milho etc). Este produto chama-se CEREALIS e é o primeiro ativador enzimático do mercado.
Quer mais informações sobre os produtos da linha NAC? Acesse:
https://amazonagrosciences.com.br/categorias/fertilizantes-especiais/